Pesquisar este blog

domingo, 6 de fevereiro de 2011

NUNCA E TARDE PRA RECOMEÇAR

            A CIDADE DE CONCEIÇÃO SE LIBERTA DE UMA POLITICA ONDE O VOTO AINDA ERA DE CABRESTO.



 O voto de cabresto é um sistema tradicional de
controle de poder político através do abuso de autoridade, compra de
votos ou utilização da máquina pública. Era um mecanismo muito
recorrente nos rincões mais pobres do Brasil, como característica do
coronelismo. Por várias décadas, as eleições brasileiras estiveram
sujeitas a todo tipo de fraude. Para votar, o eleitor só precisava
levar um pedaço de papel com o nome do seu candidato e depositar na
urna. Era um papel qualquer, que ele levava de casa mesmo. Para os
coronéis, bastava entregar a cada um de seus empregados um papel já
preenchido. A maioria deles era analfabeta, só sabiam assinar seus
nomes, e analfabetos não podiam votar. Mas isso não era problema
para os coronéis, já que eles mesmos escreviam nos papéis. Como os
criados não sabiam ler, muitas vezes eles votavam sem saber o que
estava escrito no papel que depositavam na urna. A figura do
coronel era muito comum durante os anos iniciais da República,
principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um
grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a
eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto,
onde o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo de violência
para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos
candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, capangas do
coronel pressionavam e fiscalizavam os eleitores para que eles
votassem nos candidatos por ele indicados. O coronel também
utilizava outros recursos para conseguir seus objetivos políticos,
tais como compra de votos, votos fantasmas, troca de favores,
fraudes eleitorais e violência.